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Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024

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Exclusivo: Folha Democrata destrincha informações do “computador Guardião” encontrado no gabinete de Carlos Bolsonaro

Apuração de Carlito Neto no canal de YouTube O Historiador

Exclusivo: Folha Democrata destrincha informações do “computador Guardião” encontrado no gabinete de Carlos Bolsonaro
Foto: Divulgação/Folha Democrata/O Historiador
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Por Pedro Zambarda e Sérgio Hoff.

Na manhã de 5 de fevereiro, o historiador Carlito Neto recebeu informações de fontes anônimas que trazem detalhes sobre o “computador Guardião” apreendido no gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro em operação da PF. Uma das informações aponta para uma pessoa de sobrenome Bolsonaro na empresa responsável pelo aparelho.

A jornalista Bela Megale divulgou no jornal O Globo no dia 2 que um dos computadores apreendidos nos endereços do Carlos estava identificado como “computador Guardião” e trazia um alerta para não ser conectado à internet.

Guardião também é o nome de um sistema fornecido por uma empresa chamada Dígitro Tecnologia, com sede em Santa Catarina, que registra áudios de ligações interceptadas, monta redes de relacionamento de investigados e transcreve gravações. 

Negócios entre órgãos públicos e a fornecedora do sistema inclusive já foram alvo de investigações em 2007, sob suspeita de fraude em licitações, sonegação fiscal, uso irregular de verbas federais, corrupção, manipulação das escutas telefônicas realizadas pela PF via Guardião, desvio de valores e lavagem de dinheiro.

Entre os meses de março a outubro de 2018, uma mulher chamada Mônica Bolsonaro trabalhou como gerente comercial nessa mesma empresa fornecedora do Guardião, a Dígitro Tecnologia. As funções exercidas, de acordo com o perfil de Mônica na rede LinkedIn, eram de responsável pela prospecção de novos clientes, rentabilização da carteira através de venda verticalizada, entre outras. Foi naquele mesmo período que Jair Bolsonaro tornou-se presidente da República.

Mônica também teve passagens por empresas reconhecidas no mercado de telecomunicações, como Alcatel, Oi e Siemens, atuando na área comercial.

Após a Dígitro, Mônica Bolsonaro passou a trabalhar na Iron Moutain, de armazenamento de dados corporativos.

Jair Bolsonaro tem dois irmãos e três irmãs, além de sobrinhos e sobrinhas o suficiente para supostamente “espalhar” atuação em diferentes negócios. Existe também a informação de que muitas pessoas próximas do ex-presidente utilizaram o sobrenome “Bolsonaro” para tentar alavancar suas carreiras políticas.

O fato é que parece que essa ex-funcionária da Dígitro parece não ter vida pública além da sua carreira corporativa. Talvez isso explique em parte o quanto Carlos Bolsonaro está desconcertado com as investigações da polícia terem apreendido o seu “Guardião”.

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